Compartilhe

Entidade aciona STF contra norma sobre inspeção de produtos agropecuários

A Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA) ajuizou no Supremo Tribunal Federal uma ação direta de inconstitucionalidade questionando a norma que transferiu do setor público para os trabalhadores da indústria as atribuições de certificação sanitária de produtos agropecuários.

Para a CNTA, lei viola a responsabilidade estatal de regulação da atividade econômica

A Lei 14.515/2022 instituiu a política de autocontrole dos agentes privados e atribuiu aos trabalhadores das indústrias e dos estabelecimentos agropecuários a responsabilidade de fiscalizar, aferir e certificar a salubridade de produtos, procedimentos e demais etapas do processo produtivo dos empregadores.

Para a confederação, a norma maximiza os riscos à saúde de mais de 1,6 milhão de trabalhadores do setor e dos consumidores ao reduzir a participação do Estado a casos excepcionais.

Irregularidades
A CNTA alegou ainda que a lei abre brechas para irregularidades ao permitir que, caso não concorde com a avaliação do trabalhador, a empresa determine nova inspeção por outro empregado até a certificação de regularidade pretendida.

"Trabalhadores mais rígidos no exame de autocontrole terão seus empregos ameaçados, já que representarão uma ameaça ao crescimento econômico da empregadora", sustentou a confederação.

Outro argumento é o de que a norma viola princípios constitucionais referentes à promoção da saúde, à responsabilidade estatal de regulação da atividade econômica e ao direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado. A ação foi distribuída ao ministro André Mendonça. Com informações da assessoria de imprensa do STF.

ADI 7.351

Fonte: Conjur

Utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência, de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.
Prosseguir