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Para TST, sindicato pode ser parte em ação sobre horas extras e adicional noturno

Uma disputa entre o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Curitiba e o Banco Bradesco S.A. resultou em uma decisão do Tribunal Superior do Trabalho sobre a possibilidade de um sindicato atuar como representante de trabalhadores quando estão em jogo direitos individuais. A Segunda Turma do TST entendeu que, caso os direitos em questão sejam homogêneos, o sindicato tem, sim, legitimidade para fazer parte da ação.

Empregados do Bradesco em Curitiba entraram com ação contra o banco

O entrevero começou quando empregados do Bradesco se queixaram de violação sistemática das regras básicas de duração da jornada de trabalho e entraram com uma ação coletiva para receber horas extras e adicional noturno. A 5ª Vara do Trabalho de Curitiba, porém, extinguiu o processo com a alegação de que o sindicato não tinha legitimidade para representar os trabalhadores, entendimento confirmado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR), que manteve a sentença.

Um recurso de revista foi ajuizado no TST e a Segunda Turma deu razão
ao sindicado e aos empregados do banco por entender que se tratava de
direitos homogêneos. Assim, a ação voltará à 5ª Vara do Trabalho de
Curitiba para o prosseguimento do julgamento.

Segundo o relator do
recurso de revista, o ministro José Roberto Pimenta, o fato de o grupo
de empregados do Bradesco ter sofrido a mesma lesão trabalhista
caracteriza a existência de direitos individuais homogêneos, o que, para
ele, torna o sindicato um agente legítimo para representar os
trabalhadores.

"A homogeneidade não está nas consequências individuais no patrimônio de cada trabalhador advindas do reconhecimento desse direito, mas no ato praticado pelo empregador de descumprir normas regulamentares e de lei”, explicou Pimenta. "A homogeneidade diz respeito ao direito, e não à sua quantificação", completou o relator. Com informações da assessoria de imprensa do Tribunal Superior do Trabalho.

Fonte: ConJur

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