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Transportadora é condenada pela prática reiterada de pagar salário "por fora"

Uma transportadora deverá pagar indenização por dano moral coletivo de R$ 40 mil em razão da prática reiterada de efetuar a seus empregados pagamentos salariais “por fora”. Conforme a decisão da 7ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho, o procedimento prejudica não só os próprios trabalhadores, mas o restante da sociedade, pois atinge programas que dependem de recursos do FGTS e da Previdência Social.

Com pagamento "por fora", tributos deixaram de ser pagos, o que resultou em condenação por dano moral coletivo

O pedido de indenização foi feito em ação civil pública proposta pelo
Ministério Público do Trabalho e negado nas instâncias inferiores. Para
o relator do recurso de revista do MPT, ministro Cláudio Brandão, o
dano moral coletivo se caracteriza pela lesão a direitos e interesses
transindividuais, pois o prejuízo se reflete diretamente nos programas
que dependem dos recursos do FGTS e da Previdência Social.

Dessa
forma, estaria configurada a ofensa a patrimônio jurídico da
coletividade, que necessitaria ser recomposto. Segundo o relator, a
configuração de lesão ao patrimônio moral coletivo dispensa a prova do
efetivo prejuízo de todos os empregados ou do dano psíquico dele
derivado. A lesão decorre da própria conduta ilícita da empresa, em
desrespeito à lei e à dignidade do trabalhador. 

A decisão foi unânime. O valor da condenação será revertido ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Com informações da assessoria de imprensa do TST.

RR-10384-88.2014.5.03.0077

Fonte: ConJur

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